Na calada da noite de uma quarta-feira, Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 55 anos, protagonizaram uma fuga espetacular da Penitenciária Federal de Mossoró, localizada a aproximadamente 280 quilômetros da capital potiguar, Natal. A fuga, ocorrida por volta das 3h, marcou um precedente por ser a primeira em uma das cinco instalações de segurança máxima do Brasil. Utilizando-se de ferramentas improvisadas, possivelmente adquiridas de um canteiro de obras interno, a dupla desmontou estruturas metálicas e cabos, abrindo caminho pelo teto da cela até alcançarem a liberdade ao cortar um alambrado no pátio.
A reação das autoridades foi imediata, com o Ministério da Justiça e Segurança Pública estabelecendo um gabinete de crise em Natal para coordenar a resposta. Esforços intensivos para recapturar os fugitivos estão em andamento, envolvendo várias agências de segurança, incluindo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, além de colaboração internacional com a Interpol.
A gestão da penitenciária enfrenta escrutínio severo, resultando no afastamento imediato de sua direção e na nomeação de um interventor com vasta experiência no sistema penitenciário. Em resposta à crise, o ministro da Justiça anunciou uma série de medidas para reforçar a segurança em todas as penitenciárias federais, incluindo atualizações significativas nos sistemas de monitoramento e a construção de novas muralhas.
A investigação em andamento visa não apenas recapturar os fugitivos, mas também identificar as falhas que permitiram sua fuga, com indícios apontando para uma combinação de fatores, incluindo possíveis negligências na segurança da penitenciária durante um período de reforma interna.
Os fugitivos, com históricos de crimes graves e penas significativas, representam uma preocupação para a segurança pública. A operação para sua recaptura é complexa, envolvendo recursos consideráveis e cooperação entre diversas entidades, tanto nacionais quanto internacionais. As autoridades permanecem vigilantes, com a esperança de que essa fuga não apenas seja resolvida com a recaptura dos envolvidos, mas também sirva como catalisador para melhorias substanciais na segurança do sistema prisional federal.
