No início desta semana, uma greve inesperada dos trabalhadores de transporte coletivo do Distrito Federal trouxe uma segunda-feira atípica para os moradores de Brasília. Apesar da suspensão ordenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, os ônibus permaneceram fora de circulação, deixando as paradas de ônibus lotadas e pressionando o sistema de metrô, que opera no limite de sua capacidade.
As reivindicações dos rodoviários, apoiadas pela Central Única dos Trabalhadores, incluem um aumento salarial além dos 5,33% propostos, melhorias nos planos de saúde e odontológico, e um reajuste superior a 8% e 10% para o tíquete alimentação e cesta básica, respectivamente. As ofertas atuais foram rejeitadas por não atenderem às expectativas dos trabalhadores.
A situação gerou transtornos no tráfego com a maior presença de carros nas vias, levando o governo a liberar as faixas exclusivas de ônibus para todos os veículos. O governador Ibaneis Rocha se manifestou nas redes sociais, instando a categoria a continuar as negociações e destacando a urgência de se encontrar uma solução, dada a dependência do transporte público pelos trabalhadores.
Apesar da declaração de ilegalidade da greve pelo judiciário local, que alegou falta de aviso prévio adequado e de um plano de serviços mínimos, houve um compromisso por parte dos rodoviários de suspender temporariamente a paralisação até o dia 19 de novembro, data em que uma nova assembleia será realizada. A expectativa é de que o serviço seja retomado parcialmente ainda na noite de segunda-feira, com a promessa de normalização total após a meia-noite.
Uma audiência de conciliação realizada ainda na segunda-feira entre os rodoviários, as empresas e o Governo do Distrito Federal não resultou em acordo. Um novo encontro está programado para a próxima quarta-feira, com a participação do Ministério Público, buscando encerrar o impasse.
Enquanto isso, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) se adaptou para acomodar o aumento de passageiros e considera estender o horário de pico se necessário, visando mitigar o impacto da paralisação sobre os usuários do transporte público.
Para mais informações sobre essa situação e como ela pode afetar a vida na capital federal, acompanhe os próximos capítulos dessa negociação nos nossos próximos artigos.