O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a presidente da Corte, ministraRosa Weber, e a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), visitaram as mulheres que estão presas por suspeita de participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
Moraes, Weber e Celina foram até o Presídio Feminino do DF, a Colmeia, na tarde desta segunda-feira (6/3). O ministro do STF, relator dos inquéritos sobre os atos terroristas, foi bem recebido pelas detentas, que reclamam da situação precária na Colmeia.
Segundo a coluna apurou com fontes que acompanharam a visita, Moraes prometeu “justiça sem revanchismo” às mulheres. Ele afirmou que o Supremo está fazendo todo possível para dar o máximo de celeridade na análise dos casos, com tipificação individualizada da conduta das suspeitas e de eventuais crimes que tenham sido cometidos por elas. Ou seja, elas não serão tratadas de forma generalizada.
Os casos das mulheres com comorbidades, filhos com deficiência e idosas devem ser analisados com prioridade, segundo o ministro.
As prisões determinadas por Moraes após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes elevaram a lotação da Colmeia, que saiu de 500 para 1 mil presas. Com as recentes solturas, o número de presas em decorrência dos atos antidemocráticos caiu para 230.
A comitiva formada pelos ministros do STF e governadora deve visitar o Complexo Penitenciário da Papuda, onde estão presos os homens, ainda esta semana.
Cartas
O jornal Metrópoles, revelou uma série de cartas das presas por atos antidemocráticos, que revelam as condições precárias da Colmeia. Elas se queixam de depressão, ansiedade, síndrome do pânico, hipertensão e fome.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, dentro das unidades prisionais existem unidades básicas de saúde (UBS) e todas as recém ingressas passaram por triagem com profissionais da saúde para identificação de possíveis doenças infectocontagiosas, crônicas e organizar o uso de remédios contínuos. Caso identificado pelo médico da unidade prisional a necessidade de medicamentos, o fármaco é fornecido pela equipe de saúde.