Motoristas de aplicativo fazem paralisação em todo Brasil nesta segunda-feira

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Condutores cadastrados nas plataformas também cobram serem recebidos por representantes do poder público

Motoristas de transporte por aplicativo fazem uma paralisação nacional, nesta segunda-feira (15/5), para protestar contra as tarifas praticadas pelas empresas do setor. Os condutores cadastrados nas plataformas também cobram serem recebidos por representantes do poder público.

A paralisação, que tem adesão parcial da categoria, deve durar o dia inteiro. O Sindicato dos Motoristas Autônomos de Transportes Privado Individual por Aplicativos no Distrito Federal (Sindmaap-DF) informou que, desta vez, o movimento não teve caráter oficial; por isso, não detalhou quantos motoristas devem interromper as atividades.

“[Esse] é um grupo de motoristas que vão paralisar. Não sabemos quantos ainda, mas deve durar só um dia mesmo. Ainda não há previsão para uma paralisação de toda a categoria, oficialmente”, comentou Marcelo Chaves, presidente do sindicato.

A categoria se queixa dos repasses por parte das empresas e da desvalorização dos trabalhadores. Eles consideram que os aplicativos cobram “valores justos” dos passageiros, mas observam repasses pequenos aos motoristas.

“Não aguentamos mais os absurdos, os preços exorbitantes que um dos aplicativos cobra dos passageiros nem os valores tão pequenos que ela repassa para a gente. É uma cobrança absurda. Mais de 40% do custo da corrida fica com a empresa”, criticou o motorista Nathan Rodrigues, 32 anos, que aderiu à paralisação.

O condutor acrescentou que esperava apoio massivo dos trabalhadores do setor. “Além da taxa [cobrada pelos apps] injusta, sofremos com muita insegurança. Toda a categoria tem quede parar, porque, só assim, as empresas vão nos ouvir”, reforçou.

Atendimento

Mesmo com a paralisação, ainda é possível pedir carros por aplicativo nesta manhã. O Metrópoles apurou que, nas plataformas em funcionamento no Distrito Federal, foi possível conseguir motoristas sem aguardar por muito tempo, nesta segunda-feira (15/5).

No entanto, em horários de pico, é possível que passageiros enfrentem dificuldades e preços mais caros do que os cobrados habitualmente.

A reportagem acionou as empresas Uber, 99 e InDriver e aguarda posicionamento sobre a paralisação.

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