A Polícia Civil do Distrito Federal avançou nesta semana em mais uma fase da Operação “Cortina de Fumaça”, conduzida pela Divisão de Análise de Crimes Virtuais. As novas diligências ocorreram em diversas regiões administrativas — entre elas Guará, Vicente Pires, Estrutural, Recanto das Emas e Ceilândia — onde foram cumpridos mandados de busca que resultaram na apreensão de celulares, documentos, registros bancários e mídias digitais que agora passam por perícia.
Essa etapa é consequência direta das investigações iniciadas após a prisão em flagrante de dois suspeitos, um deles ex-militar do Exército, surpreendidos enquanto movimentavam parte de um montante desviado que chegou a R$ 100 mil em um único golpe. As apurações revelaram que o grupo fazia uso de “conteiros” — pessoas que cediam seus dados bancários para acelerar a circulação do dinheiro — estratégia criada para dificultar o rastreamento das transações ilícitas.
A análise do material já coletado permitiu à corporação compreender melhor o funcionamento da associação criminosa e identificar novos envolvidos. Com as apreensões mais recentes, a expectativa é ampliar o entendimento sobre a real dimensão do esquema, que se mostra estruturado e de atuação significativa no Distrito Federal.
A PCDF destaca que golpes bancários não prejudicam apenas as vítimas diretas: comprometem a segurança do sistema financeiro, encarecem serviços, restringem crédito e afetam toda a sociedade. A instituição reforça seu compromisso de manter investigações técnicas e rigorosas no combate a crimes cibernéticos e organizações criminosas que atuam na capital federal.
