O que era para ser uma tarde de celebração em uma tradicional festa junina acabou em confusão e desdobramentos graves em uma escola particular de Vicente Pires, no Distrito Federal. Um homem, de 41 anos, invadiu a área reservada para apresentações e, diante de dezenas de pessoas, agrediu fisicamente uma criança de apenas quatro anos.
De acordo com relatos de testemunhas e imagens gravadas por pais que acompanhavam o evento, o agressor teria se dirigido diretamente à criança, a segurado pelo pescoço e, em seguida, a derrubado no chão. A cena provocou pânico entre as famílias presentes e mobilizou rapidamente outros responsáveis e funcionários da escola, que intervieram para conter a situação.
No meio da confusão, uma policial civil, que estava no local como mãe de um dos alunos, se identificou e tentou controlar o agressor. Durante a abordagem, no entanto, acabou sendo agredida com um tapa no rosto, o que agravou ainda mais o episódio.
Detido e conduzido à delegacia, o homem prestou depoimento afirmando que sua atitude extrema teria sido motivada por episódios de bullying contra o seu próprio filho, aluno da instituição. Segundo ele, a criança vinha sofrendo agressões físicas e psicológicas por colegas e, mesmo após reiteradas tentativas de buscar apoio junto à escola, não teria obtido respostas satisfatórias.
Diante da gravidade do ocorrido, a escola decidiu pelo desligamento do filho do agressor, medida que foi comunicada aos pais nesta segunda-feira. Em nota oficial, a instituição declarou repúdio a qualquer ato de violência, informou que está prestando total apoio à criança agredida e anunciou a adoção de medidas adicionais de segurança, com reforço na vigilância especialmente nas turmas da Educação Infantil.
O caso segue sendo investigado pelas autoridades e provocou amplo debate sobre o papel das instituições de ensino na mediação de conflitos entre famílias e na prevenção de episódios violentos dentro do ambiente escolar.