As férias do meio do ano chegaram e, com elas, vem a busca incessante por uma maneira de aproveitar bem o período. Alguns preferem descansar, passar um tempo com entes queridos ou até mesmo não fazer nada. Mas uma opção é quase unânime: viajar. Está enganado quem pensa que só é possível encontrar bons destinos fora de Brasília. Embora seja amplamente conhecida por seu patrimônio arquitetônico, a capital também é agraciada com uma rica diversidade natural. As áreas rurais e ecológicas da região proporcionam um refúgio para quem busca tranquilidade, ar puro, contato mais próximo com a flora e a fauna locais e, de quebra, degustar os sabores da roça.
Uma das opções mais populares para os brasilienses são os famosos hotéis-fazenda e hospedagens em áreas rurais do Distrito Federal e Entorno. Para quem procura tranquilidade, longe da rotina da cidade grande, mas sem ficar muito tempo na estrada, o Balneário Chácara das Águas é a pedida certa. Localizado no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Ceilândia, o local proporciona a tranquilidade de piscinas quentes e de água natural, além de caminhadas livres por rios e cachoeiras da região. “Quem vem aqui fica maravilhado. Alguns nem entram na piscina, vêm só por conta do rio”, explicou Jamine Braga, 50 anos, uma das proprietárias do local.
Movimento
A empresária também afirmou que a expectativa de movimento está alta para esta metade do ano. “Em tempos de férias, como agora, temos muitas visitas: cerca de 40 pessoas por dia”, disse. E o movimento não fica por aí. A responsável pelo estabelecimento informou que em temporadas de calor, como por exemplo no mês de setembro, o local chega a ter 500 pessoas diariamente. A entrada custa R$ 40 por pessoa, com consumo cobrado à parte.
Outra joia escondida para aqueles que procuram maior contato com a natureza é a Chácara Fukushi, uma propriedade rural em Brazlândia que abriga uma das mais bonitas plantações de morango do DF. Além do cultivo da fruta, o local é aberto para visitação no período de safra. Os frequentadores podem experimentar diversas atividades ligadas ao ecoturismo e explorar os amplos campos da propriedade.
Mas a atração principal fica por conta do colha-pague, em que por apenas R$ 70, os visitantes podem saborear frutas frescas e diversas variedades do morango. Segundo Angélica Fukushi, umas das proprietárias, esse é o principal diferencial do local. “Muitas famílias que nos visitam se surpreendem com a experiência. Ao final da colheita eles geralmente falam sobre a qualidade dos morangos, dizem que gostaram bastante, que não sabiam que existiam tantas variedades dessa fruta e ressaltam a diferença que é um morango fresquinho, colhido na hora dos que eles compram no mercado”, comentou.
Cachoeiras
Para aqueles que desejam uma experiência mais imersiva, outra parada obrigatória são as cachoeiras da capital. Nelas, além de encontrar uma grande variedade de trilhas, lagos, cachoeiras e espaços para piqueniques, os visitantes podem desfrutar de momentos de paz e contemplação, conectando-se com a natureza em sua forma mais pura.
No coração do Cerrado, a Reserva Ecológica Poço Azul é um verdadeiro oásis ecológico, localizado a somente 45km do centro de Brasília. Com mais de 10 quedas d’água, consiste num dos principais pontos de visitação dos candangos até mesmo fora do período de férias. Walisson Pinheiro, 26 anos, um dos responsáveis por cuidar do lugar, disse que muitos procuram o local, principalmente, nas épocas de calor em Brasília. “Em agosto, por exemplo, o movimento aumenta bastante. Num domingo de bastante sol chegamos a receber até 700 pessoas”, afirmou.
A Reserva Ecológica Chapada Imperial — localizada em Brazlândia — é outra opção. A beleza natural de lá atrai pessoas de todos os cantos do Brasil. E isso não é diferente com os brasilienses, que chegam a lotar o local, durante os fins de semana e no período de férias. Assim como o Poço Azul, a Chapada Imperial também é bastante procurada por aqueles que desejam aplacar as altas temperaturas dos períodos mais quentes. “O número de visitantes depende muito da época do ano e do dia, mas recebemos uma média de 1.500 a 2 mil pessoas por mês”, disse Marta Imperial, 58 anos, umas das pessoas que cuida da reserva.
Em ambos os locais, a entrada é paga. Na Poço Azul é cobrado R$ 15 por pessoa. O local fica aberto todos os dias, das 7h às 18h, e inclui passeios guiados pelas trilhas. Já a Chapada Imperial oferece pacotes, com promoções para pagamento antecipado feito um dia antes da ida. Crianças de até 2 anos não pagam. Todos os pacotes incluem almoço, guias capacitados, trilha ecológica, educação ambiental, transporte interno e piscinas naturais próximas da sede, entre outros.
Vale ressaltar que, ao visitar estas áreas, os turistas devem se atentar às regras de preservação e conservação, principalmente sobre o que é proibido levar. É fundamental, também, manter a integridade desses locais para que as futuras gerações possam desfrutar de sua beleza única e de uma experiência enriquecedora, que dura para além das férias do meio do ano e fica para a vida inteira.