Na última semana, um emu do Zoológico de Brasília foi sacrificado após testar positivo para o vírus H5N1, causador da gripe aviária — enfermidade altamente contagiosa entre aves e rara em humanos . Emocionados, profissionais da Secretaria de Agricultura, do Zoo e da Universidade de Brasília (UnB) entraram em ação.
No total, inspecionaram e monitoraram cuidadosamente 13 pessoas que tiveram contato direto com a ave. Esse acompanhamento, conforme informado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), se estenderá até 24 de junho. Até o momento, todos permanecem assintomáticos .
De acordo com a SES-DF, a gripe aviária raramente infecta seres humanos, e isso ocorre quase exclusivamente em casos de contato intenso com aves contaminadas, ou em locais com altos níveis de contaminação. Não há indícios, até agora, de transmissão sustentada entre pessoas .
O emu isolado apresentava sinais claros de H5N1, como problemas respiratórios, o que motivou a realização do exame pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No dia 16 de junho, o órgão confirmou que a coleta havia retornado positiva, o que levou ao abatimento da ave e posterior comunicação à Seagri-DF .
Desde 28 de maio, o Zoo de Brasília permanece interditado e sem previsão para reabertura, enquanto avançam medidas de desinfecção e ações de contenção. O emu, natural da Austrália, fazia parte do plantel e sua morte alertou para a seriedade do surto .
Entenda a gripe aviária (H5N1):
A influenza aviária é um vírus que afeta principalmente aves silvestres e domésticas, podendo ocasionalmente infectar humanos — embora isso seja pouco frequente. Entre as aves, os sintomas incluem dificuldade respiratória, secreções e alta mortalidade. Sempre que há suspeita de casos em aves, como sinais respiratórios, neurológicos ou mortes súbitas, a notificação deve ser imediata à autoridade sanitária .
A Seagri-DF também tranquilizou a população: não há risco de transmissão da gripe aviária por meio do consumo de carne de aves ou ovos devidamente inspecionados. Todos os produtos aprovados continuam seguros para o consumo humano .
Este foi o segundo episódio envolvendo gripe aviária no DF neste ano. No primeiro caso, um irerê — ave semelhante a um pato — foi encontrado morto e diagnosticado com a doença, mas também não houve transmissão humana .
Até 24 de junho, a SES-DF seguirá acompanhando o grupo de 13 pessoas por precaução. Caso nenhuma delas apresente sintomas gripais, o episódio será encerrado sem relatos de transmissão para humanos.
Caso identifique alguma ave com sintomas ou problemas respiratórios, o órgão orienta a comunicação imediata à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária.
