O Brasil enfrenta uma escalada preocupante no número de casos de dengue, com registros beirando a marca de um milhão no início de 2024. Conforme dados atualizados pelo Ministério da Saúde, até a segunda semana de fevereiro, foram contabilizados aproximadamente 973 mil ocorrências da doença, acompanhadas de 195 fatalidades confirmadas e outras 672 sob investigação.
Diante da situação alarmante, sete unidades federativas, incluindo o Distrito Federal, proclamaram estado de emergência em saúde. Como resposta, o Ministério da Saúde designou o próximo sábado, 2 de março, como o dia nacional de mobilização contra a dengue, sob o lema “dez minutos contra a dengue”. A campanha incentiva a população a dedicar um breve período diário para eliminar potenciais focos do Aedes aegypti em suas residências.
A maior parte dos habitats propícios à reprodução do mosquito, segundo o Ministério, localiza-se nas áreas domésticas, incluindo locais como vasos de plantas e recipientes acumuladores de água. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância do engajamento nacional e das autoridades locais na vigilância e controle da doença.
Para fortalecer as ações de combate à dengue, o governo federal liberou um fundo emergencial de R$ 1,5 bilhão, beneficiando com prioridade os locais em estado de emergência. Uma parcela inicial de R$ 23,4 milhões já foi direcionada para auxiliar municípios em estados críticos como Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal.
No âmbito da prevenção, a fabricante da vacina Qdenga, Takeda, anunciou uma colaboração com o laboratório indiano Biological E para aumentar a produção do imunizante. A parceria visa a produção anual de 50 milhões de doses, com o objetivo de disponibilizar 100 milhões de doses até 2030 para reforçar os programas nacionais de vacinação, especialmente nas regiões mais afetadas pela doença.
