Em uma recente votação realizada na quarta-feira (12), Nikolas Ferreira, do PL-MG, foi designado como o novo presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, recebendo 22 dos 37 votos disponíveis. Com esse novo papel, Ferreira se comprometeu a organizar audiências públicas, estabelecer subcomissões e intensificar a supervisão das políticas educacionais sob a gestão do presidente Lula. Ele enfatizou a importância de um debate de ideias diversificado e a inclusão da sociedade civil nas discussões.
Durante sua primeira sessão na liderança, na quinta-feira (13), a comissão concordou em convidar o ministro da Educação, Camilo Santana, para discutir os objetivos do ministério para 2024, após Santana indicar, na semana anterior, sua disposição para colaborar com o legislativo em prol da educação brasileira. A sessão também viu a aprovação de propostas para debates públicos sobre a criação de um Dia Nacional da Robótica e a importância do aprendizado de línguas estrangeiras nas escolas primárias e secundárias.
A reunião transcorreu sem grandes desentendimentos até a aprovação do convite ao ministro da Educação, que ocorreu sem oposição. Um entendimento entre os membros da comissão, abrangendo tanto aliados do governo quanto da oposição, procurou evitar que diferenças ideológicas impedissem o progresso dos trabalhos. Contudo, a harmonia foi brevemente perturbada por um confronto verbal iniciado por críticas de Marco Feliciano (PL-SP) à União Nacional dos Estudantes (UNE), levando a uma tensa troca de palavras com a deputada Alice Portugal (PCdoB – BA).
Nikolas Ferreira se defendeu de comentários da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) sobre sua suposta falta de experiência em educação, ressaltando que sua eleição por mais de um milhão de votos valida sua posição. A data para a sessão com o ministro Camilo Santana será determinada em futuras reuniões.
A eleição de Ferreira gerou otimismo entre os deputados conservadores, destacando sua influência política. Embora sua presidência não deva afetar diretamente a discussão do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelecerá os objetivos educacionais para a próxima década, a esquerda se preocupa que ele possa obstruir avanços em outras questões educacionais.