No domingo, a Avenida Paulista foi palco de uma grande manifestação, iniciada às 15h, mas já com aglomerações desde a manhã. Convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, principalmente através das redes sociais, o evento reuniu uma multidão que ocupou nove quarteirões, contando com a presença de mais de 700 mil pessoas, conforme estimativa dos organizadores.
Falando de um trio elétrico ao lado de Michelle Bolsonaro, seus filhos, diversos políticos e governadores aliados, Bolsonaro adotou um discurso conciliatório. Ele expressou seu desejo de “viver em paz” e solicitou a anistia para indivíduos detidos durante os eventos de 8 de janeiro, comparando a situação atual com anistias concedidas anteriormente no país.
Bolsonaro também rejeitou as alegações de tentativas de golpe, criticando a narrativa de que estaria em curso uma ação golpista fundamentada na Constituição, e questionou as acusações constantes de golpismo direcionadas a ele. Ele agradeceu aos participantes do ato, enfatizando sua oposição ao socialismo, comunismo, ideologia de gênero e a defesa da propriedade privada e da vida desde a concepção.
Michelle Bolsonaro, emocionada, abriu o evento com um discurso em defesa de seu marido, criticando a atual administração do Brasil sob Lula e encorajando os manifestantes a persistirem em seus ideais.
O evento, que contou com o apoio do pastor Silas Malafaia, visava tanto defender Bolsonaro das diversas acusações enfrentadas quanto demonstrar sua influência política, em um momento de tensão com o Supremo Tribunal Federal. Figuras políticas notáveis, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e outros governadores de estados como Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina, marcaram presença, reforçando a dimensão política da manifestação.
