Lula Condena Violência e Critica Uso Político de Atentado Contra Trump

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Presidente brasileiro enfatiza necessidade de tolerância e comenta impactos políticos do ataque ao ex-presidente dos EUA

Durante uma entrevista a uma emissora de TV aberta nesta terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou firmemente todas as formas de violência, usando o recente atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como exemplo. Lula destacou que a exploração desse tipo de incidente para fins eleitorais é preocupante e afirmou que Trump provavelmente tentará usar o ataque para ganhar apoio nas urnas.

“O presidente Lula reiterou que qualquer tipo de violência é abominável, seja contra Trump ou qualquer outro indivíduo, como prefeitos e vereadores em cidades pequenas. Ele ressaltou a importância de retornar à tolerância e ao diálogo, criticando a prevalência de mentiras e fake news na política atual.”

Lula previu que Trump irá capitalizar politicamente o atentado. “Trump vai tentar tirar proveito disso. Aquela foto dele com o braço erguido, se fosse encomendada, não sairia melhor. Ele vai explorar isso, e cabe aos democratas encontrar um jeito de não permitir que isso seja a razão pela qual ele obtenha votos,” disse o presidente brasileiro.

O ataque a Trump, de 78 anos, ocorreu durante um comício em Butler, Pensilvânia, onde ele foi atingido por um tiro que perfurou a parte superior de sua orelha direita. O FBI está tratando o incidente como uma tentativa de homicídio e acredita que o suspeito agiu sozinho. A imagem de Trump levantando a mão, escoltado por agentes do Serviço Secreto, tornou-se um símbolo icônico de sua campanha.

Críticas à Anistia e Defesas Econômicas

Lula também criticou duramente as propostas de anistia para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro, qualificando-as como absurdas e imprudentes. “Quem pede perdão antes mesmo de ser condenado está confessando ter feito algo errado. Uma anistia antes de condenação é um absurdo,” afirmou.

Em termos econômicos, o presidente reafirmou que não pretende reduzir o salário mínimo, especialmente para os beneficiários da Previdência Social, defendendo a distribuição equitativa do crescimento da riqueza no país. “O mínimo é o mínimo. Não posso cortar o mínimo, que já é o mais baixo. Quando se dá aumento, faz-se a reposição inflacionária e se considera o crescimento do PIB,” explicou Lula.

Ele também comemorou os números positivos da economia, que superaram as expectativas do mercado, e criticou a taxa de juros do Banco Central. “Estamos crescendo mais do que a previsão do mercado. A inflação está controlada, mas a taxa de juros não está,” disse.

Metas Fiscais e Crescimento Econômico

Ao ser questionado sobre a meta de déficit zero para 2024, Lula enfatizou a importância do crescimento econômico sustentável. “O país é grande e poderoso. O que importa é que a economia e o emprego estejam crescendo. Vamos fazer o necessário para cumprir o arcabouço fiscal e criar estabilidade jurídica, fiscal, econômica e social. Este país terá previsibilidade,” afirmou.

O Ministério da Fazenda, liderado pelo ministro Fernando Haddad, deve anunciar na próxima semana bloqueios no orçamento para cumprir a meta de resultado primário, conforme previamente anunciado.

Geração de Empregos e Isenção do Imposto de Renda

Lula também destacou os avanços na geração de empregos e no aumento da massa salarial, reafirmando o compromisso de isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. “Geramos 2,5 milhões de empregos em um ano e sete meses. A massa salarial cresceu 11,7%. O salário mínimo é reajustado acima da inflação. Estamos vivendo um momento sensacional,” celebrou.

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