Luciane Barbosa Farias, frequentemente associada à Esplanada dos Ministérios, recentemente atraiu atenção por sua presença em um evento do Ministério dos Direitos Humanos, causando polêmica e levando a um pedido de impeachment contra o ministro Silvio Almeida. Luciane, também conhecida por suas ligações com o crime organizado, participou do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura nos dias 6 e 7. A confirmação de que o ministério custeou sua viagem a Brasília trouxe complicações tanto para Almeida quanto para o ministro da Justiça, Flávio Dino, devido à parceria com o Ministério da Justiça no evento.
O MDH esclareceu que, apesar de ter financiado a viagem de Luciane, tal apoio foi estendido a todos os participantes e que não houve contato entre ela e os membros do ministério ou interferência na organização do evento.
O deputado Rodrigo Valadares, de Sergipe, protocolou um pedido de impeachment contra Almeida, alegando abuso de fundos públicos na viagem de Luciane. Ela, casada com Clemilson dos Santos Farias, figura proeminente no Comando Vermelho e atualmente preso, tem condenações por lavagem de dinheiro, mas permanece livre.
No evento, Luciane criticou procedimentos de revista em prisões do Amazonas e buscou apoio do Ministério dos Direitos Humanos para as famílias de presos. O incidente gerou forte reação no Congresso Nacional, com parlamentares buscando instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito, além do pedido de impeachment contra Almeida.
Flávio Dino também enfrenta desafios políticos devido a interações anteriores com Luciane, resultando em pedidos de impeachment. Paralelamente, o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União investigam as visitas de Luciane a órgãos governamentais.
O presidente Lula defendeu Dino em uma publicação nas redes sociais, destacando ataques infundados contra ele e seu papel no combate a práticas criminosas.
A nota do MDH esclarece que a participação de Luciane no encontro foi resultado de indicações dos Comitês Estaduais e destaca a autonomia administrativa e orçamentária dos colegiados que compõem o ministério. Eles enfatizam que não houve contato direto entre Luciane e membros do gabinete ministerial, nem influência na seleção dos participantes.
