Na última segunda-feira, um cão da raça golden retriever chamado Joca, de 4 anos, teve sua vida interrompida após ser embarcado incorretamente para Fortaleza em vez de Sinop, Mato Grosso. O animal, que viajava com seu dono, João Fantazzini, do Aeroporto de Guarulhos, foi colocado em uma caixa adequada no porão do avião devido ao seu tamanho grande e peso de 47 kg.
Ao chegar em Mato Grosso, Fantazzini foi surpreendido com a notícia de que Joca havia sido enviado por engano para 2.082 km de distância, em Fortaleza. Lá, a equipe da Gol cuidou do cão, enviando fotos e vídeos para o tutor, mostrando que providenciavam água para ele.
Fantazzini optou por retornar a São Paulo para reencontrar Joca. No entanto, ao chegar no aeroporto de Guarulhos, encontrou o cão já desmaiado, molhado por suor intenso e sem vida. Uma veterinária confirmou que Joca sofreu uma parada cardiorrespiratória, com as causas ainda sendo investigadas. A situação ganhou grande atenção nas redes sociais após um vídeo do momento trágico viralizar.
Nas redes, Fantazzini detalhou a situação: a equipe de voo havia garantido que seria um trajeto de duas horas e meia, mas Joca foi submetido a quase oito horas de voo. Criticou também o sistema de hidratação inadequado para um animal do tamanho de Joca e a falta de avaliação veterinária antes de reembarcar o cão.
A Gol Linhas Aéreas manifestou pesar, atribuindo o incidente a uma falha operacional e expressou surpresa com a morte do animal. A companhia afirmou que está dando todo o suporte necessário a Fantazzini e que o caso está sendo tratado como uma prioridade.
Este incidente não é isolado na história da Gol, que já havia enfrentado problemas similares. Em 2021, uma cadela chamada Pandora se perdeu em Guarulhos e só foi encontrada 40 dias depois, resultando em uma suspensão temporária do transporte de animais no porão da companhia.
Em nota, a Gol reiterou seu lamento pela perda de Joca e reforçou seu compromisso com a segurança e bem-estar dos animais transportados.