Nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, a Praça de São Pedro testemunhou a ascensão de Robert Francis Prevost ao papado, adotando o nome de Leão XIV. Aos 69 anos, o ex-cardeal de Chicago torna-se o primeiro papa norte-americano e o primeiro da Ordem dos Agostinianos a liderar a Igreja Católica.
A eleição ocorreu após quatro votações em dois dias, refletindo uma convergência rápida entre os cardeais. A fumaça branca que emergiu da Capela Sistina às 13h08 (horário de Brasília) anunciou ao mundo a escolha do novo pontífice.
Leão XIV possui uma trajetória marcada por equilíbrio e diálogo. Com formação em matemática, filosofia e teologia, dedicou mais de duas décadas ao trabalho missionário no Peru, onde também se naturalizou cidadão peruano. Antes de sua eleição, atuava como prefeito do Dicastério para os Bispos, sendo uma figura próxima ao Papa Francisco.
Em relação à comunidade LGBTQIA+, Leão XIV apresenta uma postura mais conservadora. Em 2012, criticou o que chamou de “estilo de vida homossexual” e expressou preocupações sobre a representação de famílias formadas por casais do mesmo sexo na mídia ocidental. Além disso, manifestou reservas quanto à implementação de bênçãos a uniões homoafetivas em regiões onde a homossexualidade é criminalizada, enfatizando a necessidade de considerar as realidades culturais locais.
Apesar dessas posições, Leão XIV é visto como um moderado, buscando equilibrar tradição e modernidade. Sua eleição sinaliza uma continuidade com o legado de Francisco, especialmente em temas como justiça social e cuidado com os marginalizados, mas com nuances mais tradicionais em questões doutrinárias.
Em sua primeira aparição como papa, Leão XIV destacou a importância da esperança e da unidade, conclamando os fiéis a caminharem juntos em tempos de incerteza. Seu pontificado inicia-se com grandes expectativas e desafios, refletindo a complexidade de uma Igreja em constante transformação.