No atual conflito em Gaza, a situação dos 34 brasileiros aguardando para deixar a região é extremamente complicada. Eles receberam autorização de Israel e Egito, mas a passagem pela fronteira de Rafah permanece inacessível. O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou a complexidade da situação, enfatizando que ambulâncias com feridos têm prioridade, o que atrasa a evacuação de estrangeiros, incluindo brasileiros.
Três hospitais em Gaza, incluindo o Al-Shiva, o maior da região, foram atacados. Esses ataques complicam a transferência de feridos para o Egito, atrasando a saída de estrangeiros. A Embaixada de Israel no Brasil acusou o Hamas de impedir a abertura da passagem de Rafah, enquanto o Ministério da Saúde palestino alega que Israel justifica seus ataques por acreditar que o Hamas usa passagens subterrâneas sob os hospitais.
O embaixador brasileiro em Gaza, Alessandro Candeas, relata que a forte presença militar israelense e os combates próximos aos hospitais dificultam a saída de ambulâncias e, consequentemente, a evacuação de estrangeiros. A situação é agravada pelo medo e incertezas dos brasileiros, que enfrentam dificuldades de acesso a recursos básicos e estresse psicológico. O governo brasileiro planeja uma operação de acolhimento, mas ainda não há previsão para a reabertura da fronteira.