Inaugurado há uma semana com a proposta de desafogar o engarrafamento no centro da região administrativa, o túnel de Taguatinga-batizado de Rei Pelé- era aguardado há pelo menos três anos pela população. A reportagem esteve na obra, que ainda não foi totalmente concluída, para conversar com motoristas, pedestres e comerciantes sobre as impressões e os impactos causados no trânsito local após a liberação das vias subterrâneas.
Motorista de aplicativo, Ruan Souza, 30 anos, roda bastante pela região e passou pelo centro de Taguatinga diversas vezes durante a obra. Ele acredita que ainda é cedo para fazer uma avaliação precisa. “Não tem como tirar uma base de como está o fluxo, por conta da reforma na via Estrutural. Muitas pessoas estão vindo de lá e passando pelo centro para evitar o trânsito que tem se formado com as obras na pista”, comenta o morador da QNL. Ele conta que, mesmo após a inauguração, já pegou engarrafamento nos horários de pico, mas acredita que está tranquilo nas demais horas do dia.
Assim como Ruan, o gerente de redes Victor Marinho, 33, também avalia com ponderação os impactos causados no trânsito após a inauguração. “Vamos esperar mais uns dias para ver se realmente vai ficar bom”, pontua o morador de Taguatinga Norte, que usa o transporte público frequentemente para trabalhar no Plano Piloto. Circulando pela região há anos, ele opta por andar de metrô, mas comenta que conhece pessoas que estão deixando de passar pelo centro e pegando o metrô em Ceilândia para evitar a obra. “O fluxo de pessoas diminuiu no centro de Taguatinga. Esse horário era para ter mais gente”, analisa, acrescentando que é necessário ainda fazer o acabamento da parte superior do túnel.