Adeus a Cid Moreira, ícone do telejornalismo, aos 97 anos

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Jornalista lendário, Cid Moreira marcou gerações à frente do "Jornal Nacional" e faleceu em Petrópolis devido à falência múltipla dos órgãos

Cid Moreira, uma das vozes mais emblemáticas do telejornalismo brasileiro, faleceu aos 97 anos. O jornalista, que se tornou referência nacional e internacional ao longo de décadas de carreira, foi um dos principais âncoras do “Jornal Nacional”, da TV Globo, permanecendo à frente do telejornal por 27 anos. Sua dicção impecável e seu tom grave marcaram a apresentação de momentos decisivos da história do Brasil e do mundo.

O falecimento de Moreira ocorreu em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, onde ele estava internado em um hospital devido a complicações de saúde. Ele lutava contra uma pneumonia e problemas renais que se agravaram nos últimos meses, culminando em falência múltipla dos órgãos. A esposa de Cid, Fátima Sampaio, esteve ao seu lado durante esse período difícil, compartilhando com o público detalhes emocionantes sobre os últimos dias do apresentador.

Cid Moreira construiu uma carreira impressionante, iniciada em 1947 no rádio. Seu trabalho em emissoras como a Rádio Mayrink Veiga e Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, rapidamente destacou seu talento, o que o levou ao convite para ingressar na televisão. No “Jornal Nacional”, Moreira não apenas anunciou as notícias, mas foi testemunha ocular de momentos cruciais da história política e social do Brasil, tornando-se uma figura de confiança para milhões de telespectadores. Seu nome está associado a coberturas importantes, como a ditadura militar, a redemocratização, e eventos internacionais, sempre com sua marca inconfundível de seriedade e credibilidade.

Nos últimos anos, Moreira dedicou-se a outro projeto que o aproximou de novos públicos: a gravação da Bíblia em áudio, com sua inconfundível voz. O trabalho alcançou sucesso em plataformas de streaming e reforçou sua imagem não apenas como jornalista, mas como alguém que se conectava profundamente com o público por meio de sua oratória e presença.

Personalidades do meio artístico e jornalístico lamentaram a perda de Cid Moreira. Jornalistas, apresentadores e ex-colegas de trabalho destacaram sua importância na formação do telejornalismo moderno e o impacto que sua trajetória teve sobre várias gerações de profissionais. Em todas as homenagens, fica claro o respeito e a admiração pelo profissionalismo e pela maneira única como Moreira desempenhou seu papel de comunicador ao longo de quase sete décadas.

Com sua partida, o Brasil se despede não apenas de um ícone do jornalismo, mas de uma das vozes mais presentes e confiáveis da história da comunicação no país. O legado de Cid Moreira, tanto no campo do jornalismo quanto em seus projetos pessoais, continuará vivo na memória de todos que acompanharam sua trajetória.

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