O dólar fechou abaixo de R$ 6 nesta terça-feira (21/1), registrando o menor valor desde novembro do ano passado. Essa foi a primeira vez em 2025 que a moeda norte-americana atingiu esse patamar, refletindo uma combinação de fatores que incluem movimentações do mercado interno e declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Um dos motivos apontados por analistas para a queda foi o anúncio de Trump sobre a taxação de produtos importados da China. Em uma coletiva de imprensa, o presidente americano revelou estar discutindo uma taxa de 10% sobre esses produtos, um número bem inferior aos 60% que haviam sido prometidos durante sua campanha eleitoral. Essa mudança de tom foi interpretada pelo mercado como um sinal de que Trump pode adotar políticas tarifárias mais moderadas, o que acalmou investidores e impactou a cotação do dólar.
Além disso, o mercado brasileiro vem atraindo investimentos estrangeiros. Desde 13 de janeiro, foram registrados US$ 10 milhões ingressando na bolsa de valores. Paralelamente, o Banco Central brasileiro tem realizado novos leilões de dólares para conter a desvalorização do real, o que também contribuiu para a queda da moeda norte-americana.
Embora o momento seja positivo, especialistas ouvidos pela coluna Dinheiro & Negócios, do portal Metrópoles, recomendam cautela. Isso porque novas declarações de Donald Trump têm potencial para pressionar o dólar tanto para cima quanto para baixo, dependendo do tom adotado. No Brasil, a expectativa também gira em torno de possíveis anúncios da equipe econômica do governo Lula, que podem influenciar diretamente o mercado financeiro.
A combinação desses fatores mantém os olhos do mundo voltados para os próximos desdobramentos, tanto no cenário internacional quanto no interno, trazendo incertezas para o comportamento da moeda nos próximos meses.